domingo, 18 de abril de 2010

História de Iporá Goiás


Iporá teve sua origem, oficialmente, na fundação do arraial de Pilões, na margem direita do Arraial de Pilões e do Rio Claro, em 1748. Nessa ocasião, não passava de uma guarnição militar dos dragões (política real portuguesa), que sediava a empresa de exploração de diamantes, locada pelos irmãos Felisberto e Joaquim Caldeira Brant, empresários paulistas que já mineravam em Goiás desde 1735, nas lavras de ouro. Começou com a construção de uma bela igreja em estilo colonial, sede da Paróquia do Senhor Jesus do Bom Fim, do Quartel da Guarda Real e de alguns casarões, além de um monte de ranchos de garimpeiros.
Nessa época, Pilões teve seus dias de glória. Ficou conhecido até pela
Corte em Lisboa, onde ainda hoje estão guardados muitos de seus documentos nos Arquivos Históricos de Torre do Tombo. Pilões foi também sede do governo itinerante do Governador da Capitania de São Paulo, Gomes Freire de Andrade, durante o final de 1748 e início de 1749, quando veio demarcar as frentes de serviços para os Brant e desmembrar Goiás de São Paulo, elevando-o a Capitania autônoma. Por isso, ocorre ainda hoje a tradição popular de que Pilões fora capital de Goiás antes de Vila Boa de Goiás (Goiás Velha) ter sido a capital a partir de 1749.
Depois desse primeiro momento das explorações dos diamantes, Pilões passou a ser um entreposto comercial entre Vila Boa de Goiás e Cuiabá. Já no Império, por Decreto provincial de 5 de julho de 1833, foi elevado a Distrito de Vila Boa, com nome de Rio Claro, e a igreja teve o nome mudado para Paróquia de N. S. do Rosário (e continua até hoje em Iporá). O povoado permaneceu como Rio Claro até ser transferido para as margens do córrego Tamanduá, pelo Decreto-lei 557, de 30 de março de 1938, com o novo nome de Itajubá, oficializado pelo Decreto-lei 1.233, de 31 de outubro do mesmo ano, e posteriormente rebatizado por Iporá (Águas Claras, em linguagem indígena), Iporá desenvolveu rapidamente. Dez anos após a mudança, o povoado passou a ser
Distrito de Goiás Velha em 19 de novembro de 1948, tendo o Prefeito nomeado, o Ten. Luiz Alves de Carvalho, em 1 de janeiro de 1949 e que administrou a cidade até o dia 16 de março do mesmo ano, data em que foi empossado o primeiro Prefeito eleito, Israel de Amorim e ainda os sete Vereadores da primeira legislatura municipal, Antônio Mendes da Silva. Desde então, Iporá continua com sua vida de cidade emancipada, sempre progredindo, a cada dia se firmando como pólo econômico, sociocultural e político do oeste goiano. Desde 1949, Iporá teve quinze Prefeitos. Em 2001, Iron Alves Guimarães foi eleito prefeito de Iporá, mas no dia 3 de setembro de 2003, seu mandato foi cassado, foi empossado o vice-prefeito Valdion Januário Marques. Mac Mahoen Távora Diniz eleito novamente assumiu em 2006/2008.
Iporá, cidade “histórica”, cidade da saudade, das lembranças e dos sonhos.
Iporá mesmo sem ter crescido com você, ou convivido dentro de você, me emociono ao lembrar de você, afinal sou filha de Iporá.
Sua história é linda!
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